Patrício da Irlanda

Patrício foi um celta britânico. Como adolescente, foi aprisionado e levado para a Irlanda, como escravo. Lá, o Senhor o converteu e o usou como poderoso pregador para converter multidões através de toda a Irlanda. É injustificadamente que a Igreja Católica Romana usurpou o nome de Patrício, muitos anos depois da sua morte: Patrício e sua reforma não tiveram nada a ver com a Igreja Católica Romana, esta Igreja só chegou à Irlanda muitíssimo depois. Patrício foi um salvo verdadeiro, fervente, bíblico, crente em tudo que a Bíblia DIZ, crente de doutrina basicamente igual às dos grupos chamados valdenses, anabatistas, etc., através de todos os séculos.

A Confissão de Patrício contém aproximadamente 200 referências às Escrituras (identificá-las será um bom exercício para nós), e engloba a doutrina da Trindade.

"Eu sou Patrício, um pecador, o mais inculto, o menor de todos os fiéis, e supremamente desprezado por muitos. Meu pai foi Calpornius, filho de Potitus, um pastor-sacerdote, da vila Bannavem Taburni. Ele tinha uma pequena propriedade rural nos arredores [da vila], e de lá eu fui levado cativo. Na ocasião, eu tinha, cerca de dezesseis anos de idade. Não conhecia o verdadeiro Deus. Fui levado em cativeiro para a Irlanda, com muitos milhares de pessoas -- e, isto merecidamente, porque nós tínhamos virado as costas e nos afastado de Deus, e não guardávamos Seus mandamentos, e não obedecíamos nossos pregadores, que costumavam nos falar a respeito da nossa salvação. E o Senhor trouxe sobre nós o furor da Sua ira e nos espalhou entre muitas nações, mesmo até as mais longínquas partes da terra, onde agora minha pequenez está colocada entre estrangeiros. E ali o Senhor abriu o senso da minha descrença para que eu pudesse finalmente lembrar meus pecados e ser convertido com todo meu coração ao Senhor meu Deus, o qual tinha atentado para minha abjeção, e [teve] misericórdia da minha juventude e ignorância, e olhou por mim [guardando-me] antes que eu O conhecesse, e antes que eu fosse capaz de diferenciar entre bem e mal, e me guardou, e me confortou como o faria um pai ao seu filho.

"Portanto, eu não posso ser silente - nem, na verdade, isto é expediente - a respeito dos grandes benefícios e da grande graça a qual o Senhor tem se dignado conceder-me na terra do meu cativeiro; por isto nós podemos dar a Deus em retribuição, depois de ter sido castigados por Ele, o exaltar e louvar Suas maravilhas, ante toda nação que existe em qualquer parte sob o céu. Porque não há nenhum outro Deus, nem jamais houve, nem haverá, exceto Deus o Pai nunca gerado, sem princípio, a partir do qual são todos os princípios, o Senhor do universo, como temos sido ensinados; e Seu filho Jesus Cristo, o qual declaramos ter sempre estado com o Pai, [ter sido] gerado espiritual e inefavelmente antes do princípio do mundo, antes de todos os princípios; e por Ele foram feitas todas as coisas visíveis e invisíveis.

"Ele foi feito homem e, tendo derrotado a morte, foi recebido no céu pelo Pai; e Ele [o Pai] tem a dado a Ele [o Filho] todo poder sobre todos os nomes no céu, sobre a terra, e sob a terra, e toda língua confessará a Ele [o Pai] que Jesus Cristo é Senhor e Deus, no qual nós cremos, e cujo advento esperamos será em breve, juiz dos vivos e dos mortos, que irá pagar a cada homem de acordo com suas obras; e Ele tem abundantemente derramado sobre nós o Espírito Santo, [que é] o dom e o penhor da imortalidade, quem [o Espírito Santo], daqueles que crêem e obedecem, faz filhos de Deus e juntamente herdeiros com Cristo; a Ele nós confessamos e adoramos, um Deus na Trindade do Santo Nome."